sexta-feira, janeiro 12, 2007

Movimento Guard´a Vida: Jovens a favor do “Não” ao referendo sobre o aborto

Cinco jovens dos concelhos de Fornos de Algodres, Aguiar da Beira e Celorico da Beira justificaram em conferência de imprensa, realizada na sexta-feira, 5 de Janeiro, as razões que as levaram a aderir ao Movimento Guard’a Vida, que defende o “Não” no referendo ao aborto agendado para o dia 11 de Fevereiro.
As jovens Susana Ferreira, Celina Olival, Cristina Pires, Teresa Ferreira e Sara Santos, assumem-se como sendo representantes “de muitos outros jovens que, tal como cada um de nós, acredita na vida”.
No encontro com a comunicação social, as jovens apresentaram os motivos que as levaram a aderir ao movimento de defesa da vida.
Segundo a sua porta-voz, Cristina Pires, “acreditamos na vida desde o primeiro instante, isto é, desde a concepção, como um ser único e irrepetível, com uma identidade própria, e não apenas um aglomerado de células, desprovido de qualquer valor”.
“Acreditamos que independentemente da data da interrupção voluntária da gravidez, haverá sempre sofrimento para o bebé, que culmina evidentemente com a morte deste, pois a interrupção da gravidez significa uma paragem, e a gravidez não pára, ou continua ou acaba”, referiu Cristina Pires.
Segundo a mesma jovem, o grupo que representa considera que “o bebé apesar de depender em absoluto da mãe, é um ser humano distinto dela, com direitos próprios, nomeadamente o direito à vida”. “Acreditamos que teremos uma sociedade mais perfeita se o Estado investir em medidas preventivas e na resolução de problemas sociais que estarão na base da decisão de abortar, em vez de canalizar verbas para a prática do aborto”.
Defendem também que é “indispensável a existência de uma legislação preventiva, dissuasiva e mesmo repressiva”, admitindo que a despenalização do aborto “não acaba com a prática dos mesmos, antes pelo contrário, tornar-se-á um acto banal, e uma vez permitido por lei, poderá parecer um acto moralmente correcto”. Cristina Pires referiu ainda que a interrupção voluntária da gravidez “ignora os próprios direitos da mulher”.
Embora o aborto seja, frequentemente apresentado como um problema de direito das mulheres, ao qual elas deveriam ter tanto acesso quanto possível, na verdade, o próprio aborto atenta contra os seus direitos, a que esta acende desde que fica grávida”, concretiza a porta-voz do grupo de jovens que diz “Não” ao aborto.
“Acreditamos que estamos a dar voz àqueles que ainda não têm voz”, consideram as jovens que estão disponíveis para participar activamente na campanha a favor do “Não”.
Fonte: Jornal "A Guarda"

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