terça-feira, dezembro 28, 2010

Tradição: Vamos cantar as JANEIRAS

Depois de 50 anos vamos retomar a tradição das Janeiras na Velosa. A comissão da Igreja em conjunto com a comissão de festas vão sair às ruas para angariarem fundos para a reconstrução do tecto da Capela-Mor da Igreja paroquial. Depois das rifas, do Toto-presunto, do Toto-leitão, agora vamos pedir as Janeiras. Vem à Velosa e participa.

sábado, dezembro 25, 2010

Belém de Judá: em pleno Natal por medo dos muçulmanos a venda de Cruz aos turistas e peregrinos é proibida

Belém - Neste natal em Belém, a cruz foi proibida de ser vendida para turistas e peregrinos na Terra Santa.
Algumas oficinas têxteis em Jerusalém e Hebron começaram a imprimir e vender camisetas alusivas à Igreja da Natividade em Belém sem a Cruz. O motivo seria o temor causado pelo crescimento do fundamentalismo islâmico nos territórios palestinos. A cruz também foi removida das camisetas das equipas de futebol.

Entrevistado pelo AsiaNews, o empresário Samir Qumsieh, que é jornalista e director da estação de televisão Católica Al-Mahed Nativity TV em Belém, disse: "Eu quero lançar uma campanha para instar as pessoas a não comprarem esses produtos, porque a retirada da cruz é uma intimidação contra os cristãos, é como dizer que Jesus nunca foi crucificado ."

Fonte: Asianews

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Ser Padre segundo Jesus Cristo

No prefácio, o Bispo da Guarda escreve: “Estamos perante um texto vivencial, onde é vertida uma experiência sacerdotal, lida e avaliada a partir da Bíblia. Não tem outras citações que não sejam citações bíblicas e do Magistério da Igreja”.

D. Manuel Felício adianta: “É um texto que sintoniza também com as preocupações da Diocese da Guarda para o ano pastoral em curso, as quais pretendem levar as pessoas até ao encontro vivo com Cristo, por meio da Bíblia. Remeto, a propósito, para o que se diz, neste texto, sob o título «Testemunhas de Cristo Ressuscitado», sobre a genuína missão da Igreja que deve sempre levar as pessoas a um encontro pessoal com Cristo vivo e, ao mesmo tempo, ajudá-las a viver, no quotidiano, em consonância com essa fé”.

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Paulus ed.: «Quando eu for grande quero ser padre»

No Auditório da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda, no dia 17 de Dezembro, às 18h00, teve lugar a apresentação do livro «Quando for grande quero ser Padre», da autoria do Pe. José Manuel Martins de Almeida. A sessão foi presidida pelo Cón. Eugénio Cunha Sério, director do jornal A Guarda, e a apresentação foi feita por D. Manuel Felício, bispo da Guarda.
O espaço quase não chegou para todos os participantes e os aplausos manifestaram o interesse pela obra e pelo que foi dito.

D. Manuel Felício revelou que gostou muito de ler este livro e «o mesmo será utilizado na formação permanente do clero da diocese da Guarda durante este ano pastoral». Frisou «que uma reflexão sobre o sacerdócio, a partir dos textos bíblicos e do magistério se impunha pela importância do tema na vida actual da Igreja. E o Pe. Martins fê-lo muito bem.»

O autor, frisou que Quando for grande quero ser padre não é um livro de pastoral vocacional nem tão pouco fala apenas do seu sonho de criança que realizou na ordenação sacerdotal. «Neste pequeno livro partilho reflexões e meditações que fiz sobre a vocação e a missão do sacerdote, a sua identificação com Cristo e o ser padre segundo coração de Deus. Nelas aprofundo e questiono, de um modo suave e sem tensões, o meu ser padre e também o ser padre na Igreja», disse o Pe. José Manuel. E especificou: «Ser padre segundo Jesus Cristo é um modelo que por uma questão de fidelidade ao próprio Cristo, deve ser adaptado e actualizado, tendo em conta os desafios dos novos tempos e dos diferentes ambientes culturais em que o ministério é exercido.»

O Pe. José Carlos Nunes referiu que para a Paulus a pertinência da publicação desta obra deve-se «ao enriquecimento do catálogo da Paulus nesta temática, que depois do Ano Sacerdotal teve uma crescente procura, e pela honra de contar com mais um autor da diocese da Guarda», sublinhando ainda que «acreditamos que é possível encontrar Deus através de um livro ou mesmo encontrar-se com o que Deus quer através desta obra».

Este livro será distribuído a nível nacional
tanto para as livrarias católicas
como para as generalistas.

sábado, dezembro 18, 2010

Ser Padre segundo Jesus Cristo


Os meus alunos riam-se, considerando uma simples brincadeira ou uma manifestação precoce de loucura, sempre que lhes falava do sonho da minha vida: quando for grande quero ser padre. Quando se aproximava alguma ordenação sacerdotal, havia alguém que sempre me interpelava: “Senhor Padre, é desta vez que vai mesmo ser padre?” Eu, quase invariavelmente, respondia: “Ainda não. Não tenho pressa”.

Devo confessar que essa minha loucura persiste, porque o sonho que está na sua origem continua a ser o sonho que anima a minha vida. E a loucura atingiu tal gravidade que me impeliu a partilhar este meu sonho, escrevendo um livro: “Quando for grande quero ser padre”. Dependo tanto deste sonho que, sem ele, não conseguiria viver, não poderia ser fiel a Deus e a minha vida seria estéril e inútil.

Mas qual é a verdadeira origem deste sonho, esta consciência e convicção de não ser ainda, este desejo e aspiração de apenas vir a ser num futuro mais ou menos distante? Por outras palavras, como explicar que somente queira ser quando for grande aquilo que já deveria ser em cada dia, no hoje da minha vida e missão?


Ser padre segundo Jesus Cristo é, no entanto, um modelo que, por uma questão de fidelidade ao próprio Cristo, deve ser adaptado e actualizado, tendo em conta os desafios dos novos tempos e dos diferentes ambientes culturais em que o ministério é exercido.

Faz parte da missão da Igreja adaptar, em cada tempo, a proposta de Jesus, atendendo às circunstâncias históricas e culturais em que vive e deve cumprir a sua missão. Só assim, o ministério sacerdotal pode ser compreensível e eficaz no aqui e no agora de cada terra, de cada geração e de cada povo. Isto significa que, ao longo da história, são legítimos modos diferentes de viver e exercer o ministério sacerdotal, sem que se ponha em causa a fidelidade à missão de Jesus.

Porém, neste processo podem correr-se alguns riscos.
  • Por vezes, a “roupagem” humana desvirtua e não está em consonância com o “vestido novo” de Cristo.
  • Outras vezes, os elementos humanos, compreensíveis e ajustados para um determinado tempo e cultura, adquirem o estatuto de definitivos e estendem-se a toda a Igreja.
  • Noutros casos ainda, algumas leis humanas tornam-se mais determinantes e decisivas, na hora de reconhecer a vocação de alguém por parte da Igreja, do que os requisitos indicados por Cristo.

Os critérios humanos podem sobrepor-se aos critérios divinos.

  • Nestas circunstâncias, pode acontecer que alguns jovens, seduzidos por Cristo e dispostos a consagrar a sua vida ao serviço do reino de Deus, deixem de o fazer por considerarem ultrapassadas ou não se sentirem com forças para abraçar certas exigência eclesiásticas.
  • E pode acontecer também, em sentido contrário, que outros jovens, mais do que por Cristo e pelo seu Evangelho, se sintam atraídos pelo que o modelo tem de humano, por aquilo que ele oferece em termos de uma carreira. Esses serão mais funcionários da Igreja do que servidores do reino de Deus. Servir-se-ão mais da Igreja para satisfazer a sua ambição pessoal e servirão menos como “simples e humildes trabalhadores na vinha do Senhor”.

Estes perigos são reais e afectam negativamente a vida da Igreja. Tudo isto nos leva a supor que a Igreja estaria melhor quanto aos sacerdotes, se estes fossem menos dos que são e muitos dos que não puderam ser .

segunda-feira, dezembro 13, 2010

«Quando eu for grande quero ser padre»

No dia 17 de Dezembro, na Biblioteca Eduardo Lourenço, na Guarda, será apresentado do livro «Quando for grande quero ser padre» do Padre José Manuel Almeida Martins.

No prefácio, o Bispo da Guarda escreve: “Estamos perante um texto vivencial, onde é vertida uma experiência sacerdotal, lida e avaliada a partir da Bíblia. Não tem outras citações que não sejam citações bíblicas e do Magistério da Igreja”.

D. Manuel Felício adianta: “É um texto que sintoniza também com as preocupações da Diocese da Guarda para o ano pastoral em curso, as quais pretendem levar as pessoas até ao encontro vivo com Cristo, por meio da Bíblia. Remeto, a propósito, para o que se diz, neste texto, sob o título «Testemunhas de Cristo Ressuscitado», sobre a genuína missão da Igreja que deve sempre levar as pessoas a um encontro pessoal com Cristo vivo e, ao mesmo tempo, ajudá-las a viver, no quotidiano, em consonância com essa fé”.

Na introdução do livro, o Padre José Manuel Almeida Martins refere: “Partilho nestas páginas algumas reflexões e meditações que fiz sobre a vocação, formação e missão do sacerdote, a sua identificação com Cristo e o ser padre segundo o coração de Deus”. E acrescenta: “Parti sempre da Sagrada Escritura, tive nos meus horizontes os ensinamentos da Igreja sobre estes temas, deixei-me interpelar pela realidade que conheço e implorei sempre ao Espírito Santo que me ajudasse a captar a verdade e a expô-la com caridade. A Sagrada Escritura é a verdadeira “Constituição” da Igreja, segundo a qual esta deve reger toda a sua vida e missão. A Igreja em si, o modo como se compreende e se apresenta, como se organiza e actua, como entende o mundo e se relaciona com ele; os seus ensinamentos e as suas leis, também o que o que se refere à vida e missão do sacerdote, tudo deve estar em consonância e ser a expressão da palavra de Deus, que a Bíblia transmite”.

O Padre José Manuel Almeida Martins é natural de Gonçalo Bocas, concelho da Guarda. Fez os estudos nos seminários dos Missionários Combonianos de 1968 a 1977, e Seminário Maior da Guarda de 1977 a1981. Ordenado sacerdote a 8 de Abril de 1982, desempenhou as funções de membro da equipa formadora do Seminário Maior da Guarda – 1981-84. Fez especialização em ciências bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma 1984-87. Foi professor de Sagrada Escritura no Seminário da Guarda 1987-99, e durante dois semestres (1995 e 1996) no Seminário de Teologia de Benguela (Angola). Pároco desde 1987, viveu sempre integrado numa comunidade sacerdotal. Actualmente é pároco de Celorico da Beira e outras paróquias do mesmo Arciprestado.

Publicou já os seguintes livros:

  • “A Bíblia: Deus na História dos Homens”- 1993;
  • “A Verdade da Bíblia é Jesus Cristo” – 1997;
  • “Deus, o Pai da Misericórdia e da Alegria” -2000.
  • O livro “Quando for grande quero ser padre” é publicado pela Paulus Editora.

Fonte: Agência Ecclesia e Jornal «A Guarda»

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Correio: carta ao menino Jesus

Nos bons tempos, quando se falava de Natal para uma criança educada numa família católica, uma imediata associação de idéias lhe vinha à cabeça. Ela sentia a atmosfera de Natal começar já várias semanas antes da magna comemoração. Parecia que a natureza ia se tornando cada dia mais bela, o ar mais puro, os pássaros mais alegres, o sol mais brilhante, o céu à noite mais deslumbrante, as pessoas predispostas a um relacionamento mais ameno. Enfim, tudo ia gradualmente se transformando num ambiente de paz, de pureza, de doçura, de alegria serena e de uma grande expectativa: o dia da maior festa do ano –– o nascimento de Jesus –– se aproximava.

A criança encantava-se com o presépio, com a árvore de Natal, com a “estrela de Belém”, com os chumaços de algodão imitando neve, com as músicas natalinas — entre as quais destacava-se o “Noite Feliz”, tradução brasileira da famosa “Stille Nacht, heilige Nacht”. A Missa na paróquia, especialmente festiva e envolta num ar de júbilo sobrenatural, fazia evidentemente parte das comemorações e ficava profundamente gravada na memória. Em lugar não muito secundário, vinha também a expectativa da saborosa ceia de Natal, preparada com esmero pela mãe, ajudada, quando era o caso, pelas filhas mais velhas ou alguma tia solteirona.

De onde vinha o presente?

E os presentes? Aqui as associações de idéias divergiam muito de criança para criança, segundo os costumes de cada região, as origens da família, o meio social onde viviam, e outros fatores mais. Para a maioria das crianças, era o Papai Noel que os trazia; para outras, São Nicolau; para outras ainda, seria o próprio Menino Jesus.

A expectativa dos presentes era grande. Como comunicar seus desejos ao portador dos presentes? Algumas crianças eram aconselhadas a escrever uma cartinha, que o pai se encarregaria de fazer chegar ao destinatário. Mas como? Eis um segredo que não era revelado...

A solução austríaca

Na Áustria o problema do envio da carta foi resolvido de maneira muito do agrado das crianças. Numa pequenina aldeia da província “Alta Áustria” (Ober Österreich), chamada Christkindldorf (Aldeia do Menino Jesus), foi criado um posto de correio ao qual foi dado também o nome de Christkindl Postamt (Agência de Correio do Menino Jesus). As crianças hoje podem escrever ao Menino Jesus, endereçando a carta a este correio. E poderão receber resposta...

Esta história começa no fim do século XVII. Ferdinand Sertl, então regente da bandinha dos bombeiros da cidade de Steyr, sofria de epilepsia. Católico de profunda fé e piedade, tinha confiança na oração e esperava ser curado.

Para poder rezar com mais recolhimento, por volta de 1695 comprou uma imagem do Menino Jesus, de cera. Foi ao bosque de Unterhimmel (Sob o Céu), a uma certa distância da cidade, cavou um pequeno oratório em uma grande árvore, e lá colocou a imagenzinha, diante da qual rezava com freqüência para pedir sua cura. Tendo efetivamente recebido a graça pedida, espalhou-se rapidamente a notícia, e logo começaram as peregrinações e novos milagres.

Em 1699 foi construída em torno daquela árvore uma capela de madeira. Em 1702, Dom Anselmo, prior da abadia beneditina de Garsten, situada nas proximidades, tendo em vista o sempre crescente número de peregrinos, deu inicio à construção da atual igreja, que foi consagrada em 1709 (2). No altar principal pode-se ver a imagenzinha original do Menino Jesus (1), incorporada de maneira muito artística à própria árvore onde Ferdinand Sertl havia origina originalmente colocado o Divino Infante.

No alto da porta principal, uma inscrição: NOLITE PECCARE IN PUERUM (3) – Gen. 42, 22 (“Não pequeis contra o Menino”), frase que, em nossos dias, pode ter um sentido muito mais grave do que na época em que foi gravada, pois no Menino Jesus estão especialmente representadas todas as crianças inocentes, especialmente as ameaçadas pelo aborto.

Em torno do santuário foi aparecendo um pequeno casario, chamando Christkindldorf (Aldeia do Menininho Jesus). No mundo alemão, somente os austríacos têm esta forma especial de diminutivo muito carinhoso, que se forma acrescentado um “l” ou “rl” no fim da palavra “Kind” (menino ou criança); no caso, se transforma em Kindl (menininho).

“Correio do Menino Jesus”

Em 1946, depois da II Guerra Mundial, quando a Áustria estava ocupada pelos exércitos aliados, um soldado americano sugeriu ao correio austríaco que utilizasse, para fins filatélicos, imagens da pitoresca aldeia e respectiva igreja como tema de selos natalinos. As cartas enviadas daquele local recebiam o carimbo da agência Unterhimmel então existente.

A iniciativa teve tanto sucesso que, em 1950, o correio criou uma agência especial chamada Christkindl Postamt (4) (Agência de Correio do Menininho Jesus), que começou a funcionar nas dependências da casa paroquial, tendo já no primeiro ano atingido um volume de 42.000 cartas. O número de missivas, desde então, não pára de crescer. Em 2006 foram postadas cerca de dois milhões de cartas.

Essa agência de correio só funciona a partir do primeiro domingo do Advento até a festa dos Reis Magos, no dia 6 de janeiro. Ela praticamente não distribui correspondência, pois são muito poucos os moradores da região. Recebe cartas de crianças e responde àquelas que pedem resposta (5). Mas não são só as crianças que querem receber uma missiva vinda do “Correio do Menino Jesus”...

Entre os adultos isto é também muito apreciado. E por isso, durante o tempo em que este correio fica aberto, além dos ônibus de turistas, de peregrinos e dos próprios austríacos que lá vão para postar seus cartões de Natal, o correio recebe também, dos mais distantes lugares do mundo, volumes com cartas já endereçadas, e que devem ser seladas com selos relativos a Christkindl, carimbadas com um carimbo especial a cada ano, e assim expedidas. Informações a respeito podem ser obtidas em inglês em http://www.christkindl.at/english/information/information_service.php

É de adultos que provém grande parte das cartas processadas. Também os filatelistas apreciam muito os selos de Christkindl com o respectivo carimbo, pois somente lá pode-se obtê-los, e em período muito restrito. No ano passado, os auxiliares do correio responderam 7.000 cartas de crianças.

A Alemanha segue o exemplo

A idéia difundiu-se também pela Alemanha, onde sete cidades têm serviços semelhantes: Himmelstadt (Cidade Celeste), Himmelpfort (Portaria do Céu), Himmelpforten (Portarias do Céu), Himmelsthür (Porta do Céu), Engelskirchen (Igrejas dos Anjos), Nikolausdorf (Aldeia Nicolau), Sankt Nikolaus (São Nicolau). Anualmente elas enviam aproximadamente meio milhão de cartas.

Presentes, graças, confidências

Em Himmelstadt, onde a senhora Rosemarie Schotte e mais umas seis pessoas se encarregam voluntariamante dos trabalhos, no ano passado foram processadas mais de 55.000 cartas, sendo a maioria de crianças.

Especialmente para a revista Catolicismo, ela contou o seguinte: há vários tipos de cartas. Umas apenas pedem os presentes que as crianças desejam receber: uma boneca, um brinquedo qualquer, um filme que possam ver em casa, etc. Outras pedem que o Menino Jesus conceda favores espirituais ou materiais para quem as escreveu ou para os que lhe são próximos: para que os pais separados voltem a viver juntos e não briguem mais; para que o pai encontre um emprego; para que um avô seja curado de sua doença, e muitas outras coisas desse gênero. Outras ainda não pedem nada para os missivistas nem para outras pessoas, mas numa espécie de intimidade muito inocente com o Menino Jesus, apenas relatam as alegrias e sofrimentos que tiveram durante o ano.

Escreva para mim...

Como em geral as cartas vêm de crianças que ainda nem sabem escrever, a caligrafia é de alguém que escreveu por elas –– pai, mãe, avó, etc. –– e geralmente deixou que a criança autenticasse a carta com alguma coisa desenhada por ela mesma, à guisa de assinatura.

Receber uma resposta do “Correio do Menino Jesus” ou da “Cidade Celeste” é para a criança algo maravilhoso, que completa de maneira muito especial aquele ambiente que ela sente ir-se formando em torno dela, à medida que se aproxima o grande dia de Natal.

A idéia de que é o Menino Jesus ou São Nicolau –– e não o artificial Papai Noel –– quem envia os presentes, torna menos decepcionante o momento em que a criança descobre que Papai Noel não existe, pois facilmente se pode explicar que era uma maneira de dizer que foi Deus quem tornou possível aos pais atender os pedidos dos filhos. O que é verdade.

Já o Papai Noel não é um membro da corte celeste, nem sequer existe. Quando chega o momento da verdade, fica mais difícil dar uma explicação razoável, e isto pode causar uma certa decepção e desconfiança em relação aos pais.

Origem do Papai Noel

A origem histórica do Papai Noel o torna ainda menos maravilhoso. Ele provém do Santa Claus americano, criado em 1881 para o jornal “Harper's Weekly” pelo cartunista de origem alemã Thomas Nast.

Nast esteve durante toda sua vida bastante ligado a meios revolucionários anticatólicos da segunda metade do século XIX. Estudou pintura com Theodor Kaufmann, quando refugiado nos EUA devido à revolução anarquista de 1848 na Europa. Foi correspondente de guerra das tropas do revolucionário Giuseppe Garibaldi durante a unificação italiana.

Para criar o Santa Claus ele se inspirou em uma figura de sua terra natal, o Palatinado, chamada “Belzenickel” (6). Esse personagem vinha ameaçar e bater nas crianças com uma vara de marmelo, em virtude das coisas mal feitas por elas, uma espécie de anti-São Nicolau. Se a criança fosse muito ruim, ele a metia em um saco e a levava embora, assim diziam os pais.

Com o tempo o personagem foi evoluindo, até que no início dos anos 30 a Coca-Cola (7) o utilizou muito na propaganda da bebida, e o vulgarizou na forma com que hoje o conhecemos.

Seria de se desejar que, no Brasil, as famílias católicas voltassem a difundir a idéia de que é o Menino Jesus ou São Nicolau (8) quem atende os pedidos das crianças.

O bispo de Myra

São Nicolau foi bispo de Myra, na atual Turquia asiática, tendo vivido aproximadamente entre os anos 280 e 350. Herdeiro de uma grande fortuna, empregou-a em ajudar os necessitados. Desse fato nasceu com o tempo o hábito de as crianças pedirem a ele seus presentes de Natal.

Ele foi especialmente popularizado no mundo alemão, de onde provêm vários dos aspectos que caracterizam nosso Natal.

Fonte: Revista Catolicismo

terça-feira, novembro 09, 2010

O sacerdote André Jarlan caiu no Chile em 1984, durante um tiroteio da polícia num bairro popular de Santiago. Foi encontrado com a cabeça reclinada sobre a Bíblia que estava a ler, aberta no Salmo 129: "Das profundezas eu clamo a Ti, Senhor, houve o meu grito...".
André Jarlan tinha exposto a sua vida ao risco, partilhando a grave situação de tensão do bairro onde vivia. Uma das suas últimas cartas dá bem a ideia que o cristão tem da própria vida, uma vida que segue o caminho do martírio: "Os que fazem viver são aqueles que oferecem a própria vida, não os que a tiram aos outros" – tinha escrito -.




"Para nós, a ressurreição não é um mito, mas uma realidade;
este evento, que nós celebramos em cada Eucaristia,
confirma-nos que vale a pena dar a vida pelos outros
e empenha-nos a fazê-lo."

A. Riccardi, Il secolo del martirio, Milano 2000, pág.410-411

quinta-feira, novembro 04, 2010

Paróquia sem dinheiro para concluir obras na Igreja que ardeu em 2002

A Paróquia de Velosa, no concelho de Celorico da Beira, não tem dinheiro para terminar as obras de recuperação da Igreja Matriz que foi destruída parcialmente por um incêndio, no dia 11 de Abril de 2002, daí que tenha apresentado ao Governo a candidatura a uma TNS (Trabalhos de Natureza Simples).
O pároco local, Carlos Helena contou ao Jornal A Guarda que, após o incêndio, a Paróquia investiu mais de 100 mil euros, na recuperação da Igreja que, ficou com a parte da capela-mor (altar, tecto e telhado) destruídos, parte do tecto da nave principal e da sacristia. “Foi colocado um telhado novo na capela-mor, foi feita a recuperação das pinturas do tecto da nave principal, foram recuperados os altares laterais, colocado um novo altar-mor (encimado por uma pintura da escola Grão Vasco que, representa a Anunciação do Anjo a Nossa Senhora, proveniente de uma antiga capela que, existiu na área da Freguesia) e adquiridas novas imagens da padroeira, Nossa Senhora dos Prazeres, e de São Francisco Xavier, porque as originais arderam”, explicou.
Na intervenção, que também contemplou a instalação de um novo sistema de som e de um alarme de detecção de incêndio, foram gastos mais de 100 mil euros “só com um apoio da Câmara Municipal de Celorico da Beira, no valor de 10 mil euros, do Santuário de Fátima que, contribuiu com uma verba de 2 mil euros, e com o apoio de muitas pessoas da terra, das aldeias das redondezas e de emigrantes nos Estados Unidos da América”.
A intervenção não foi totalmente executada por falta de dinheiro, sendo que a Paróquia pretende colocar “caixotões” no tecto da capela-mor “e depois, fazer as pinturas aos poucos”, explicou o sacerdote, recordando que, o tecto que ardeu também era constituído por caixotões em madeira, com pinturas de santos. Referiu que existe um orçamento de 39 mil euros “só para a colocação da madeira, sem os quadros”. “Concorremos a um projecto de TNS e estamos à espera de aprovação”, disse Carlos Helena, salientando que, a Paróquia é pobre e não tem verbas para a execução da obra. “Se a TNS não for aprovada, não temos possibilidade para avançar com a obra, que é necessária, para dignificar a Igreja”. Lurdes Rodrigues, da Comissão Fabriqueira da Velosa também reconhece que, a intervenção é urgente e necessária porque “o telhado tem à vista uma estrutura em ferro e, tal como está, é muito feio”. Acrescentou que, o telhado do corpo principal da Matriz “também precisa de arranjo, porque quando chove entra um bocadinho de água” junto da entrada principal.
Incêndio ocorreu num dia de trovoada
A mesma responsável referiu ao Jornal A Guarda, que os habitantes da aldeia da Velosa, que tem cerca de 130 moradores, jamais esquecerão o dia em que a Igreja ardeu. “Naquele dia tinha havido trovoada. As pessoas deram conta do incêndio por volta do meio-dia. Recordo-me de tocarem o sino e, quando aqui cheguei vi as chamas na zona do altar. A população juntou-se, uns senhores abriram a porta do fundo e retiraram algumas imagens e as garrafas de gás do aquecimento. Ardeu a capela-mor por completo, o tecto da sacristia e o tecto da nave principal até mais ou menos ao meio”, contou Lurdes Rodrigues, acrescentando que a verdadeira causa do incêndio “nunca chegou a ser apurada”.
A Igreja manteve-se sempre aberta durante as obras que terminaram no dia 25 de Dezembro de 2005.
Jornal "A Guarda"

São Carlos Borromeu - modelo de Pastor e caridade

São Carlos Borromeu (Arona, 2 de outubro de 1538 — Milão, 3 de novembro de 1584) foi um cardeal italiano, primeiro bispo a fundar seminários para a formação dos futuros padres; promoveu sínodos diocesanos; abundou os escritos catequéticos e conhecimento da doutrina católica.

Biografia
Era filho do Conde Gilberto Borromeo e de Margarete de Medici, irmã do Papa Pio IV (1559-1656), do qual era sobrinho. Carlos recebeu óptima formação humana e cristã, de forma que estudou na Universidade de Pavia e destacou-se pela facilidade de administrar e tratar as pessoas. Chamado a Roma pelo tio Papa, São Carlos mesmo antes de receber os Sacramentos da Ordem, aceitou a nomeação e responsabilidades de Cardeal e Arcebispo de Milão, num tempo em que a Igreja abria-se para sua renovação interna.

Bispo que tornou-se para a Igreja um modelo de pastor e caridade, já que se consumiu por inteiro pela guarda e salvação das almas. São Carlos, logo após ter auxiliado o Papa e tê-lo motivado para colocar em prática todo o inspirado conteúdo do Concílio de Trento (1545-1563), assumiu com todo o ardor a missão de obedecer as decisões do Concílio, o qual respondia as necessidades da Igreja daquela época, e também levar a todos os fiéis da diocese de Milão para o Cristo.


Determinado, foi o primeiro bispo a fundar seminários para a formação dos futuros padres; promoveu sínodos diocesanos; abundou os escritos catequéticos e conhecimento da doutrina católica; impulsionou a boa empresa e assistiu com seu zelo e apostolado santo toda a sua região além de ajudar na Evangelização de outras áreas da Europa, desta maneira deu sua vida a Deus gastando-se totalmente pelo bem dos outros e da Igreja.

Sentindo-se atraído pela vida contemplativa, pensou em renunciar à arquidiocese. Mas o seu amigo o Venerável Dom Frei Bartolomeu dos Mártires, arcebispo de Braga, dissuadiu-o dessa idéia, convencendo-o de que, naquele século em que o alto Clero tantas vezes dava mau exemplo, seria melhor que ele, altamente colocado na escala social e para além de sobrinho do Papa, desse o bom exemplo de vida santa como arcebispo. Foi o que fez São Carlos Borromeu, modelo perfeito de pastor de almas zeloso, que aplicou em Milão as reformas ordenadas pelo Concílio de Trento.

Bento XVI ao referir-se a ele afirmou: A sua figura destaca-se no século XVI como modelo de pastor exemplar pela caridade, doutrina, zelo apostólico e sobretudo, pela oração.

"Dedicou-se por completo à Igreja ambrosiana: visitou-a três vezes; convocou seis sínodos provinciais e onze diocesanos; fundou seminários para formar uma nova geração de sacerdotes; construiu hospitais e destinou as riquezas de família ao serviço dos pobres; defendeu os direitos da Igreja contra os poderosos; renovou a vida religiosa e instituiu uma nova Congregação de sacerdotes seculares, os Oblatos. (...) O seu lema consistia em uma só palavra: "Humilitas". A humildade imipulsionou-o, como o Senhor Jesus, a renunciar a si mesmo para fazer-se servo de todos" (Audiência do Angelus na praça de São Pedro em 4 de dezembro de 2007, Vatican Information Service Ano XVII - Num. 187)

segunda-feira, maio 31, 2010

Lista dos párocos de Velosa

Por um instrumento de conhecimento e quitação dado ao cabido por Rui Luiz, Prior de Avelosa, procurador do Prior de Argomil Luiz Gonçalves, morador na Guarda, fica-se conhecendo o pároco mais antigo desta freguesia e até do Concelho.

Pe. Rui Luiz - em 1441
Pe. Martinho de Matos - em 1670
Pe. Francisco de Sousa Oliva - em 1673
Pe. Tomé de Amaral - em 1695
Pe. António da Fonseca Coutinho - em 1697
Pe. João Soares - em 1711
Pe. Francisco de Sá Carvalho - em 1713
Pe. Manuel Magalhães de Andrade - em 1742
Pe. Francisco Clemente Ribeiro - em 1816
Pe. Manuel de Santa Maria Marques - em 1820
Pe. Manuel Pinto de Gouveia Cabral - em 1836
Pe. Joao António Caldeira de Araújo - em 1842
Pe. Hipólito Joaquim de Almeida Cardoso - em 1845
Pe. Lázaro Mendes da Silva Coelho d' Almeida - em 1852
Pe. Joaquim Luiz Ferreira - em 1860
Pe. António Marques da Silva Correia - em 1882
Pe. Manuel Joaquim da Rua - em 1886
Pe. Joaquim da Fonseca - em 1899

A partir de 1910
Pe. Joaquim Salvado Amaral - em 1902
Pe. Olimpio Rodrigues de Almeida - em 1915
Pe. José Marques Figueiredo Páscoa - em 1936
Pe. António Branco Marques - em 1950
Pe. José Atanásio Mendes - em 1952
Pe. Eduardo das Neves Ferreira - em 1954
Pe. Carlos Alberto Saraiva - em 1962
Pe. Abel António Albino - em 1966
Pe. Carlos Rodrigues Pinto - em 1966
Pe. José Manuel Trigo da Rota Romana - em 1969
Pe. António da Silva Salvador - em 1972
Pe. António dos Santos Freire - em 1999
Pe. Carlos Manuel Gomes Helena - em 2000

terça-feira, maio 25, 2010

ORAÇÃO PARA O ANO SACERDOTAL

Senhor Jesus,

Vós quisestes dar a Igreja, em São João Maria Vianney, uma imagem vivente e uma personificação da caridade pastoral.

Ajudai-nos a viver bem este Ano Sacerdotal, em sua companhia e com o seu exemplo.

Fazei que, a exemplo do Santo Cura D’Ars, possamos aprender como estar felizes e com dignidade diante do Santíssimo Sacramento, como seja simples e quotidiana a vossa Palavra que nos ensina, como seja terno o amor com o qual acolheu os pecadores arrependidos, como seja consolador o abandono confiante à vossa Santíssima Mãe Imaculada e como seja necessária a luta vigilante e fiel contra o Maligno.

Fazei, ó Senhor Jesus que, com o exemplo do Cura D’Ars, os nossos jovens possam sempre mais aprender o quanto seja necessário, humilde e glorioso, o ministério sacerdotal que quereis confiar àqueles que se abrem ao vosso chamado.

Fazei que também em nossas comunidades, tal como aconteceu em Ars, se realizem as mesmas maravilhas de graça que fazeis acontecer quando um sacerdote sabe “colocar amor na sua paróquia”.Fazei que as nossas famílias cristãs saibam descobrir na Igreja a própria casa, na qual os vossos ministros possam ser sempre encontrados, e saibam fazê-la bela como uma igreja.

Fazei que a caridade dos nossos pastores anime e acenda a caridade de todos os fiéis, de tal modo que todos os carismas, doados pelo Espírito Santo, possam ser acolhidos e valorizados.

Mas, sobretudo, ó Senhor Jesus, concedei-nos o ardor e a verdade do coração, para que possamos dirigir-nos ao vosso Pai Celeste, fazendo nossas as mesmas palavras de São João Maria Vianney:
Eu Vos amo, meu Deus, e o meu único desejo é amar-Vos até o último suspiro da minha vida.
Eu Vos amo, Deus infinitamente amável, e prefiro morrer amando-Vos a viver um só instante sem Vos amar.
Eu Vos amo, Senhor, e a única graça que Vos peço é a de amar-Vos eternamente.
Eu Vos amo, meu Deus, e desejo o céu para ter a felicidade de Vos amar perfeitamente.
Eu Vos amo, meu Deus infinitamente bom, e temo o inferno porque lá não haverá nunca a consolação de Vos amar.
Meu Deus, se a minha língua não Vos pode dizer a todo o momento que Vos amo, quero que o meu coração Vo-lo repita cada vez que respiro.
Meu Deus, concedei-me a graça de sofrer amando-Vos e de Vos amar sofrendo.
Eu Vos amo, meu divino Salvador, porque fostes crucificado por mim e porque me tendes aqui em baixo crucificado por Vós.
Meu Deus, concedei-me a graça de morrer amando-Vos e de saber que Vos amo.
Meu Deus, à medida que me aproximo do meu fim, concedei-me a graça de aumentar e aperfeiçoar o meu amor.
Amém.
S. João Maria Vianney

quarta-feira, maio 05, 2010

A esperança cura

O padre franciscano Hans Stapel é um sacerdote que já muita gente conhece pela sua obra de tratamento e cura de pessoas que perderam a esperança – a Fazenda da Esperança.
Incansável, actua numa batalha árdua, desde 1983, quando criou um dos projectos mais respeitados de recuperação de dependentes de drogas, com unidades no Brasil e em mais outros 11 países do mundo. Quando há dois anos o Papa foi ao Brasil, quis ver com os seus próprios olhos e de alguma maneira enaltecer este trabalho persistente daquele padre.
O êxito da cura é de 84% e alcança-se sem drogas de substituição e sem a mediação de psicólogos.
A descoberta do amor de Deus faz milagres.
Assim as Fazendas converteram-se em centros de fraternidade e de evangelização.
Tudo começou quando este homem, na altura ainda jovem e apenas como voluntário católico, esteve na guerra do Biafra a participar na distribuição de alimentos e remédios.
Ao ver tanta injustiça e destruição, veio-lhe a vontade de pegar numa arma e resolver as situações com a violência. Foi a Palavra de Deus que mudou radicalmente a sua vida. Tornou-se sacerdote e, no Brasil, deu início a esta obra.
Quando chegou a Guarantiguetá só tinha uma ideia na cabeça: viver o Evangelho. Na sua oração rezava: «Tu sabes, Senhor, que eu não sei o que é ser pároco. O pároco desta terra serás Tu. Eu ajudarei como puder».
O Padre Hans Stapel começou por acolher a cada pessoa como se fosse a única que tinha de amar naquele momento.
E o caso que primeiro o preocupou foi o de uma jovem grávida que lhe pediu ajuda. Não tinha que comer nem onde ficar. O padre acolheu-a e arranjou-lhe uma família para criar a criança. Depois apareceram drogados que precisavam de quem deles cuidasse. E pouco a pouco foi nascendo uma obra que hoje tem projecção mesmo em alguns países da Europa, uma obra que vai nascer em Portugal, no Maçal do Chão.
E já recuperou cerca de 15 mil pessoas.

segunda-feira, abril 26, 2010

“Trovadores de Deus” representam a Guarda em Fátima

“Firmes no Amor”, do Grupo “Trovadores de Deus”, de Celorico da Beira, foi a canção vencedora do Festival Diocesano Jovem da Canção que decorreu na tarde de 17 de Abril, no Salão da Junta de Freguesia do Sabugal. A iniciativa fez parte do programa do Dia Diocesano da Juventude, que congregou centenas de Jovens na cidade raiana. A canção vencedora arrecadou também o Prémio “Melhor Música”.
Em segundo lugar ficou a canção “Hino à Fé”, do Grupo da Associação Cultural e Recreativa Fernão Joanes, que também foi distinguida com o Prémio “Melhor Interpretação”.
O terceiro lugar foi para a canção “Raízes”, interpretada pelo grupo “+ Jovem”, que congregava elementos de Paços, Eirô e S. Marinha. Esta canção foi distinguida com o Prémio “Melhor Letra”.
Com esta vitória, o Grupo “Trovadores de Deus” vai representar a diocese da Guarda no Festival Nacional da Canção da Mensagem 2010, a realizar em Fátima, no dia 1 de Maio.
Das nove canções a concurso houve uma desistência de última hora devido a problemas de saúde com um dos elementos do grupo.
No rescaldo do Festival, o Padre Jorge Castela, Responsável pelo Departamento da Pastoral Juvenil da Diocese da Guarda, disse, ao Jornal A Guarda, estar “muito satisfeito com a qualidade dos participantes, pois apresentaram diversos estilos musicais”. E acrescentou: “houve uma qualidade muito acrescida, este ano”.
A segunda parte do festival esteve a cargo do grupo de música de inspiração católica, a banda JM (Jovens em Movimento), banda revelação da terceira edição do festival JOTA. Este Grupo venceu também o Festival Nacional da Canção de Mensagem, em 2006, e tem dado concertos pelo país. Foi o vencedor do festival diocesano da sua diocese de origem, e estão apurados para representar a diocese de Aveiro no Festival Nacional da canção da Mensagem 2010.

segunda-feira, abril 05, 2010

Porque procurais entre os mortos Aquele que está vivo?

Ao romper da manhã de Páscoa, dois homens, de vestes resplandecentes, tecidas com fios de luz e de vida, oferecem a meia dúzia de mulheres, perplexas e amedrontadas, a palavra última de Deus, sobre a cruz e a morte de Jesus: Não está aqui! Ressuscitou! Esta é a palavra-chave, que lhes abre os olhos, para o sentido oculto de uma presença nova, que irrompe do sepulcro vazio!
  • Não está aqui! Ressuscitou! Ressuscitado, Jesus não é mais um corpo morto! É um corpo glorificado!
  • Não está aqui! Ressuscitou! Ressuscitado, Jesus não está mais sujeito à lei da morte. Venceu-a no seu próprio campo!

  • Não está aqui! Ressuscitou! Ressuscitado, Jesus não é um sobrevivente do grande terramoto. É o princípio de uma nova criação!

  • Não está aqui! Ressuscitou! Ressuscitado, Jesus não é um cadáver reanimado! É o Filho de Deus, exaltado, na glória do Pai.
  • Não está aqui! Ressuscitou! Ressuscitado, Jesus não dá um passo atrás, mas um passo à frente. Não recupera a vida perdida. Conquista a vida nova. A sua existência não é uma vida consumida inutilmente e perdida na poeira do passado, mas uma vida inteira e consumada, realizada e finalizada na plenitude do amor de Deus!
  • Não está aqui! Ressuscitou! Ressuscitado, Jesus não é alguém que «volta a estar vivo». É simplesmente o Vivente! Aquele que já não pode mais morrer! Aquele que está vivo e vive para sempre!

Não está aqui! Ressuscitou! Numa palavra, aqueles mensageiros quiseram dizer: Jesus não está mais a um palmo de terra das vossas mãos! Ele Vai sempre adiante de vós, para a Galileia! Não O podeis jamais tocar, nem deter neste mundo (cf. Jo.20,17). Só O podeis alcançar, seguindo-O e subindo com Ele, para o Pai! Vós, mulheres, que viestes com Jesus da Galileia, tereis de partir, de novo, para O ver (cf. Mc 16, 6). E encontrá-lo-eis, no caminho, em missão! Nós sabemos que, doravante, Jesus está vivo, e que a sua vida se assinala no mundo de hoje pela vida dos cristãos, de cada um de nós, precisamente. E há muitas situações, à nossa volta, que esperam ainda uma tal madrugada pascal, que irrompa em alegria, novidade e esperança e paz, na certeza de que o Ressuscitado está vivo e vive connosco, para sempre!

A Ressurreição é vida nova em exaltação, é vida plena, em abundância, é vida eterna, em exultação! Celebremos por isso a nossa Páscoa, com Vida!

  • Uma Páscoa com Vida é uma Páscoa celebrada, à mesa da Eucaristia, com “os pães ázimos da pureza e da verdade” (I Cor.5,9)! E que, por isso mesmo, é uma Páscoa que nos convida a voltar a Jerusalém, a ir ao encontro dos outros discípulos, a regressar à comunhão com a Igreja confiada por Cristo aos apóstolos, testemunhas da sua Ressurreição!
  • Uma Páscoa com Vida, é uma Páscoa anunciada a todos, com a alegria de quem sabe ter a sua vida escondida, com Cristo, em Deus (Col.3,3), sem que ninguém mais a possa arrebatar! Por isso mesmo é uma Páscoa que nos convida a uma alegria partilhada!
  • Uma Páscoa, com vida, é uma Páscoa aberta à esperança e à confiança na vida! A vitória de Cristo não aconteceu fora da vida que nos atinge, entre alegrias e dores, esperanças e quase desesperos. Bem pelo contrário, foi bem dentro da nossa condição, que Cristo assumiu até ao fim, que a morte foi repassada pela sua caridade infinda, que a venceu e ofereceu. De modo que uma Páscoa com Vida, convida-nos a viver em esperança! Pese embora as dificuldades económicas e sociais do país, com estatísticas e previsões tão negativas, a Páscoa faz-nos crer e esperar que Deus sempre irrompe no meio das crises, com sinais de novidade e com a surpresa do seu próprio mistério de amor! Cristo não ressuscitou para desaparecer, mas convida-nos a intensificar a sua presença entre nós e a animar a nossa esperança numa vida nova, no futuro do seu Reino.
  • Uma Páscoa com vida é uma Páscoa intensamente vivida, em gestos largos de novidade, de criatividade, de ousadia! Sendo por isso mesmo, uma Páscoa que nos convida a ir e a partir em missão. Porque a Ressurreição é vida em movimento, é envio permanente. O encontro com Jesus Ressuscitado abre, espontaneamente, às mulheres, aos discípulos, aos apóstolos, o caminho da missão.

quinta-feira, março 18, 2010

BAPTIZADOS - CASAMENTOS - ÓBITOS (2009)

BAPTIZADOS - 0
CASAMENTOS - 0

ÓBITOS
Dia 13/01 - Mercês Mendes (94 anos)

Durante os últimos dez anos, na paróquia da Velosa, houve:
Baptizados - 18
Casamentos - 4
Óbitos - 27

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Pe. Christiam Heim, o responsável pelas Fazendas da Esperança na Europa, orienta o Retiro da Quaresma

O Pe. Christiam Heim, como responsável pelas Fazendas da Esperança na Europa, foi convidado pela Diocese da Guarda, a orientar o Retiro da Quaresma.

Durante estes dias, para além dos sacerdotes que Segunda e Terça participaram no Retiro da Quaresma, tanto no Seminário do Fundão como no Seminário da Guarda, ele encontrou-se e apresentou o projecto da Fazenda da Esperança em Portugal, nas paróquias de S. Miguel da Guarda, Nossa Senhora da Conceição na Covilhã e na Sé da Guarda.

E ainda tivemos a grata alegria de nos encontrarmos com o vereador António Silva, o arquitecto Ivo e o topografo da Câmara Municipal de Celorico da Beira que manifestaram o seu entusiásmo e empenho. E grande surpresa, uma enorme vontade de conhecer "in loco", na Alemanha, o espírito da Fazenda da Esperança. E neste momento está em aberto a possibilidade de viverem esse espírito em Abril ou Maio.

Alguns jovens do Maçal do Chão colocam também a hipótese de irem à Alemanha para viverem e partilharem 8 dias o espirito da Fazenda. Isso acontecerá na primeira semana de Setembro.

O acolhimento e a receptividade dos sacerdotes, das autoridades locais e dos jovens leva-nos a dizer como o papa Bento XVI: "É coisa de Deus".

Mensagem do Sr. Bispo da Guarda para a Quaresma:
"Este ano vamos orientar o resultado da nossa renúncia quaresmal para ajuda material solidária a um projecto chamado “Fazenda da Esperança” que está a ser desenvolvido na nossa Diocese, na Paróquia de Maçal do Chão, arciprestado de Celorico da Beira. É um serviço já muito experimentado no Brasil, onde mereceu uma Visita do actual Papa Bento XVI e que se destina ao acolhimento e recuperação de pessoas atingidas por várias espécies de falta de esperança, incluindo situações de marginalidade.

Está em causa ajudar os mais pobres dos pobres, também neste ano europeu de luta contra a pobreza e exclusão social”.

sábado, fevereiro 13, 2010

Quaresma: torna os teus sacrificios e jejuns uteis ajudando

Renúncia Quaresmal a favor da Fazenda da Esperança


A verdadeira justiça, completada pela caridade, leva-nos, de acordo com o espírito da Quaresma, a percorrer os caminhos da solidariedade e de partilha fraterna, mesmo que isso signifique renúncia a bens materiais; supérfluos ou mesmo não supérfluos.

Este ano vamos orientar o resultado da nossa renúncia quaresmal para ajuda material solidária a um projecto chamado “Fazenda da Esperança” que está a ser desenvolvido na nossa Diocese, na Paróquia de Maçal do Chão, arciprestado de Celorico da Beira. É um serviço já muito experimentado no Brasil, onde mereceu uma Visita do actual Papa Bento XVI e que se destina ao acolhimento e recuperação de pessoas atingidas por várias espécies de falta de esperança, incluindo situações de marginalidade.

Está em causa ajudar os mais pobres dos pobres também neste ano europeu de luta contra a pobreza e exclusão social.

+Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Jornadas de Formação juntam os padres da Diocese

Estão a decorrer, no Seminário da Guarda, as Jornadas de Formação do Clero da Diocese da Guarda. “A dimensão evangelizadora e missionária do Ministério Ordenado” é o tema da iniciativa que arrancou ontem e termina esta tarde.
Sobre as Jornadas, D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, refere em carta enviada, aos padres e diáconos da Diocese: “As jornadas de Formação do Clero, acontecendo em Ano Sacerdotal, desejamos que elas sejam um contributo valioso para juntos redescobrirmos a importância do dom que recebemos na nossa ordenação”. E acrescenta: “Queremos que sejam dois dias essencialmente de encontro entre nós, na reflexão e na oração, para mutuamente nos ajudarmos a redescobrir os caminhos novos que este dom recebido nos manda percorrer”.
O primeiro dia foi dedicado à dimensão evangelizadora e missionária do Ministério Ordenado. Os trabalhos foram orientados pelo Padre António Gomes Dias, Provincial dos Redentoristas.
O segundo dia tem como ponto de partida o Simpósio Nacional do Clero, nomeadamente as propostas feitas pelo Beneditino alemão, Padre Anselm Grün. Este tema é apresentado pelo Padre José Brito, da diocese da Guarda.
Para esta tarde está anunciada a primeira apresentação de dados já existentes sobre a Assembleia Geral do Clero, que deverá ter lugar durante o Ano Sacerdotal.
Fonte: Jornal A Guarda

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Pe. Christian Hiem irá apresentar a Fazenda da Esperança aos sacerdotes da Diocese da Guarda

Aos Reverendos Padres e Diáconos

Estimados amigos:

Os meus cumprimentos.

Para nos ajudar na recolecção do início da Quaresma – dias 22 (Seminário do Fundão) e 23 (Seminário da Guarda) virá o sacerdote alemão de cultura brasileira, Padre Christian Heim, responsável pela Comunidade “Fazenda da Esperança”, que , em colaboração com o Pároco de Maçal do Chão (Celorico da Beira), está a promover a criação de uma “Fazenda da Esperança” naquela Paróquia da nossa Diocese.
Muito agradeço, desde já, que estes dias fiquem cativos para estas duas finalidades.

Guarda, 19 de Janeiro de 2010
+Manuel R. Felício, B. da Guarda

sábado, janeiro 23, 2010

Papa quer padres no ciberespaço

Bento XVI quer que os padres aproveitem as potencialidades das novas tecnologias, na área da comunicação, marcando uma presença diferente no mundo “digital”.

Os sacerdotes, indica o Papa, devem “anunciar o Evangelho recorrendo não só aos media tradicionais, mas também ao contributo da nova geração de audiovisuais (fotografia, vídeo, animações, blogues, páginas internet) que representam ocasiões inéditas de diálogo e meios úteis, inclusive para a evangelização e a catequese”.

“Os novos media oferecem aos presbíteros perspectivas sempre novas e pastoralmente ilimitadas”.

Fonte: ecclesia

sexta-feira, janeiro 22, 2010

O presidente da Junta de S. Pedro, em Celorico da Beira abdica do seu salário mensal

O presidente da Junta de S. Pedro, em Celorico da Beira, vai abdicar do seu salário mensal até final do mandato, distribuindo-o por instituições e aplicando-o em obras a realizar na freguesia.
José Rocha Gonçalves, 51 anos, comerciante, eleito pelo PS nas últimas autárquicas, disse à Lusa que os dois primeiros salários, no valor de 270 euros cada, foram entregues «às igrejas da Freguesia de S. Pedro e de Santa Maria».
«O próximo cheque, no mesmo valor, será para os bombeiros voluntários de Celorico da Beira, uma casa que está no meu coração», anunciou, referindo que já foi bombeiro «durante 18 anos» e que faz parte da fanfarra da corporação «há quase 20 anos».
Jornal O Interior

domingo, janeiro 17, 2010

"Ele os criou homem e mulher (macho e fêmea)"...

Jesus também foi convidado para o casamento. E, neste casamento, Jesus realiza o seu primeiro milagre, ou seja, manifesta pela primeira vez a sua glória, o seu poder divino. Este facto exprime bem a importância e a primazia do casamento aos olhos de Deus.
O casamento entre um homem e uma mulher e a família que com ele nasce correspondem a um projecto de Deus – o projecto que melhor garante a realização e a felicidade da pessoa humana bem como o futuro do mundo e da história.
Na primeira página da Bíblia, lemos: “Deus criou o ser humano à sua imagem; Ele os criou homem e mulher (macho e fêmea)”. Esta diferença que os atrai e complementa torna-os capazes de crescerem e se multiplicarem, encherem e dominarem a terra.
Num outro relato, também do livro do Génesis, é-nos dito que, pouco após ter criado o homem, Deus intuiu e desabafou: “Não é conveniente que o homem esteja só”. Sozinho, o homem sente-se inacabado, insatisfeito e infeliz. Para vencer a solidão do homem, para o homem se tornar completo, Deus cria e apresenta-lhe a mulher. E é tal o fascínio que a mulher exerce no homem que este se dispõe a deixar tudo, até o pai e mãe, para se unir a ela e com ela constituir uma comunidade de amor e de vida!

O casamento e a família são anteriores aos estados e às religiões. Em todas as sociedades e desde sempre, o casamento foi entendido como um projecto de vida comum assumido por um homem e uma mulher. De resto, a própria anatomia ou morfologia corporal apontam, de um modo inequívoco, nesse sentido.
Nos nossos tempos, alguns pretensos iluminados defendem o casamento homossexual em nome da liberdade e da igualdade. Esses iluminados parecem não saber ou gostariam que nós não soubéssemos que, antes de mais, há limites à verdadeira liberdade.
Quando me encontro numa encruzilhada de caminhos, eu sou livre de escolher aquele pelo qual quero seguir. Esta escolha, que constitui um exercício da minha liberdade, implica que eu aceite as características e os condicionalismos próprios desse caminho. Além disso, escolhendo aquele caminho, renuncio a seguir pelos outros, pois não posso pretender, em nome de uma mal entendida liberdade, seguir por todos ao mesmo tempo.
O mesmo vale em relação às opções de vida que fazemos ou decisões que tomamos. A liberdade que nos permite optar ou decidir neste ou naquele sentido leva-nos a renunciar às outras alternativas. Não se pode invocar a liberdade para reclamar uma coisa e, ao mesmo tempo, o seu contrário.
Por sua vez, a verdadeira igualdade só existe quando se respeitam e salvaguardam as diferenças. Não se pode falar de igualdade, quando se pretende tratar como igual aquilo que é realmente diferente. Caso contrário, nem se respeita a igualdade do que é igual nem a igualdade do que é diferente.
Assim, quem escolhe, no uso da sua liberdade, viver com uma pessoa do mesmo sexo, não pode pretender que a sua opção de vida seja considerada igual à daquele que escolhe viver com uma pessoa de sexo diferente. Ele pode reivindicar o direito a viver desse modo. E pode ter o direito a que seja respeitada a sua opção. O que ele não pode exigir é que a isso se chame casamento. Ao seguir por aquele caminho, que ele considera o melhor e o mais adequado para si, excluiu o outro caminho, o do casamento.
Insistir no casamento para os homossexuais, argumentando que se trata de um direito e de uma questão de igualdade, seria como alguém que inventa um novo pastel e querer registá-lo com o nome de um que já existe antes (por exemplo, pastel de Belém), argumentando que alguns dos seus ingredientes são os mesmos, mas esquecendo que outros elementos são manifestamente diferentes! O novo pastel pode até ser muito bom e ter muitos apreciadores. No entanto, deve ser registado com outro nome, em nome da liberdade, da igualdade e dos direitos dos outros! Algo de semelhante deve acontecer com as uniões homossexuais. Só assim se respeitará verdadeiramente, a liberdade, a igualdade e os direitos de todos – dos homossexuais e dos heterossexuais.

Quando se pretende contradizer a lógica do criador, quando se “atenta contra o fundamento biológico da diferença entre os sexos” (Bento XVI), todas as barbaridades são possíveis e, para aqueles a quem convêm, todas se afiguram como um direito e um sinal de modernidade. Trata-se, porém, de uma modernidade que afectará e comprometerá gravemente o futuro da sociedade.
Aqueles que mandam legislam contra o casamento e a família porque, muitos deles, não foram capazes de manter um casamento e uma família estáveis. Aprovando e facilitando o divórcio dão cobertura legal aos seus fracassos, para que passem a ser considerados como coisas normais e boas! Ou então legislam contra o casamento e a família para agradarem a certos grupos de pressão dos quais recebem, como contrapartida, votos e apoio político.
Nestes homens iluminados - mais arrogantes do que iluminados - a modernidade está bem casada com a falta de coerência e de honestidade!
Quem manda, se investisse mais no apoio à família e defendesse os valores que lhe são inerentes, não precisaria de investir tanto para tentar resolver os problemas sociais gerados pela crise da família (insucesso escolar, distúrbios psicológicos, toxicodependência, violência e criminalidade). Os senhores iluminados, se fosse tão iluminados como querem fazer crer, já teriam dado conta disso. Mas eles não querem dar-se conta, até porque lhes faltaria a humildade para o reconhecerem!

Jesus também foi convidado para o casamento.

  • Hoje, quem é que realmente convida e quer Jesus no seu casamento?
  • Mesmo aqueles que vão à Igreja no dia do seu casamento, quantos vão para se encontrarem efectivamente com Jesus e para o levarem de volta para as suas casas e para as suas vidas?
  • Mesmo entre os cristãos ditos praticantes, quantos estão dispostos a viver o seu casamento e a construir a sua família, seguindo o conselho de Maria: “Fazei tudo o que Ele vos disser?”
  • Quantos dão a Jesus a oportunidade de realizar milagres em suas casas, ou seja, de os iluminar com a sua palavra e os enriquecer com graças divinas?
  • Quem alimenta e fortalece o amor conjugal com o Vinho bom da Eucaristia?

Não esqueçamos: o nosso melhor bem é a família e esta é o melhor dom que temos para oferecer à sociedade! Ámen.

sexta-feira, janeiro 01, 2010

"Felizes os construtores da paz, porque é deles o Reino dos Céus"

No início de mais um ano, somos, normalmente, pródigos nos votos de “Feliz Ano Novo”, de um novo ano com saúde e paz.
Também somos generosos nos sonhos para o nosso futuro!
É bom e simpático formular tais votos.
Faz-nos bem sonhar um mundo melhor!
Mas também devemos pensar no que podemos fazer para que os votos e os sonhos se tornem realidade.
- Que fizemos ao longo do ano que agora finda, que dê credibilidade e consistência aos nossos votos e aos nossos sonhos, e que nos permita acreditar que o novo ano poderá ser real-mente melhor?
- Que tempo e que atenção demos a Deus e à comunidade cristã, à família e aos vizinhos?
- Qual foi o grau de partilha da nossa vida e dos nossos bens em relação àqueles que, de perto ou de longe, nos interpelaram com as suas necessidades e os seus problemas?
- E em relação ao futuro, que investimentos estamos dispostos a fazer na linha da verdade e do amor, da tolerância e do perdão, da solidariedade e da justiça, para vencermos o nosso egoísmo, a nossa indiferença, o nosso comodismo e a nossa mediocridade?
- Fazemos algum projecto e estamos dispostos a cumpri-lo, para sermos cristãos e cidadãos mais conscientes e comprometidos na vida da Igreja e da sociedade, durante o ano de 2010?
O mundo não é melhor por falta de boas intenções,
belas palavras e promessas de sonho.
O que falta são as boas obras e o compromisso da vida!
  • Se queres que este novo ano seja realmente um ano novo e um tempo de paz, não fiques à espera que os outros façam tudo ou que dêem eles o primeiro passo. Pelo contrário, faz o que está ao teu alcance e é tua missão fazer, investindo nessa causa todos os talentos que recebeste de Deus. Se não fazes a tua parte, mesmo que a paz aconteça à tua volta, nunca chegarás a saboreá-la verdadeiramente.
  • Se sinceramente queres a paz, volta o teu coração e a tua mente para Deus, esvazia-te do teu egoísmo e abate o teu orgulho, renuncia à tua ambição e desiste da tua ganância, aceita a tua fragilidade e reconhece os teu erros, toma consciência de que precisas de Deus e de que só com Ele serás plenamente livre e feliz. Sem a conversão do homem a Deus não é possível a paz, não é possível experimentar e saborear a paz.

Se queres a paz, ama os teu inimigos, perdoa a quem te ofende, faz bem a quem te prejudica, abençoa quem diz mal de ti, reza por aqueles que te fazem sofrer, partilha com todos a tua vida, a riqueza do teu coração, ama como queres ser amado.

Sem amor não é possível obter e saborear a paz.

  • Se queres a paz, “não ambiciones grandezas nem coisas superiores a ti”; não procures subir na vida e chegar mais longe do que os outros, passando por cima deles, desvalorizando as suas qualidades e desprezando o seu valor; não exijas que os outros vivam em função de ti e subordinem os seus aos teus interesses. Pelo contrário, coloca-te ao seu serviço, consciente de que o mais importante aos olhos de Deus é o que serve mais e se faz servo de todos. Sem humildade e espírito de serviço não é possível conquistar e saborear a paz.
  • Se queres a paz, “tem fome e sede de justiça”; reparte o que tens com quem precisa e não te apropries daquilo que não te pertence; coloca-te do lado dos mais fracos e defende os seus direitos, começando por cumprir os teus deveres para com eles; luta pela justiça, começando por ser justo no que dizes e no que fazes bem como nas tuas relações familiares e sociais. Sem justiça não é possível alcançar e saborear a paz.
  • Se queres a paz, constrói a tua família sobre a rocha firme da palavra de Deus; vive com fidelidade e alegria o amor conjugal e ama os teus filhos mais do que a ti mesmo; educa os teus filhos na verdade e no amor de Deus e faz da tua casa uma escola de valores humanos e espirituais, consciente de que os teus filhos são também cidadãos do mundo; na procura da tua felicidade pessoal nunca comprometas nem sacrifiques o bem e a felicidade da tua família, sobretudo dos teus filhos. Sem a paz nas famílias não é possível atingir e saborear a paz.