terça-feira, março 01, 2011

Bispo da Guarda diz que portagens na A23 e A25 são uma "profunda injustiça"

O bispo da Guarda considerou hoje  que a introdução, em Abril, de portagens nas autoestradas A23 e A25 constitui  uma "profunda injustiça", por verificar que outras zonas mais desenvolvidas do  país são servidas por itinerários principais sem pagamento de tarifas. 

Manuel da Rocha Felício disse à Lusa  que o fim das duas SCUT que servem o distrito - A23 (Guarda/Torres Novas) e A25  (Vilar Formoso/Aveiro) - lhe parece "muito mal" e "uma profunda  injustiça".

"Em Portugal há zonas muito mais  privilegiadas do que a nossa e têm IP's (itinerários principais) com quatro  pistas, de graça, a servirem zonas com um índice de desenvolvimento muito  superior, e nós, vamos ter que as pagar", lamentou.

Por outro lado, o prelado diocesano  acrescentou que as autoestradas da região da Guarda "só com muita boa vontade se  podem chamar autoestradas; percursos que têm, regularmente,  descidas com seis, sete ou oito por cento [de inclinação], com curvas, são  verdadeiras estradas de montanha, que vamos agora pagar, de forma injusta, em  relação a outros lugares que são muito mais planos e que não têm estas  dificuldades", declarou Manuel da Rocha Felício.

O bispo da Guarda também apontou que  as portagens serão "um problema" para as empresas que estão instaladas na  região, temendo que alguns empresários possam abandonar a  zona. Perante o cenário, pediu que "quem  de direito" tenha uma atitude "de justiça" para com esta região do interior do  país.

"Nem sequer é discriminação  positiva. É justiça. É isso que temos de pedir àqueles que nos orientam",  disse. Considerou que acabar com as duas  SCUT que servem a Guarda "é uma decisão injusta" e que o Governo "não tem em  consideração a situação real" dos residentes.
Fonte: JN 

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